Moradores do Grande ABC enfrentam novamente a ameaça de desabastecimento. O cenário é preocupante. O sistema Rio Grande, que serve a região, opera atualmente com 61,7% de sua capacidade, índice inferior ao registrado durante a histórica crise hídrica entre 2014 e 2016, quando o volume atingiu 62,1%. O dado acende o alerta aos consumidores: a economia de água é mais do que necessária, é urgente. As sete cidades devem agir de forma responsável para evitar que o problema se agrave e que medidas mais severas, como o racionamento, sejam impostas. O desequilíbrio entre oferta e demanda piora com o avanço das mudanças climáticas, tornando ainda mais delicada a situação.
A responsabilidade, no entanto, não cabe apenas aos cidadãos. O poder público e as concessionárias também têm papel essencial a desempenhar. Investimentos em infraestrutura para captação, tratamento e distribuição são imprescindíveis para minimizar as perdas no sistema e garantir o abastecimento. Além disso, campanhas de conscientização e incentivo ao uso eficiente dos recursos hídricos devem ser intensificadas. É dever das autoridades implementar políticas que estimulem práticas sustentáveis e fiscalizem de maneira rigorosa o uso indiscriminado de água, de forma a preservar os mananciais da região. Medidas preventivas são fundamentais para evitar o colapso.
Do lado dos consumidores, pequenas mudanças de hábitos podem fazer grande diferença. Especialmente quando se considera a proximidade do verão, que se iniciará oficialmente em 21 de dezembro. Reduzir o tempo no banho, reaproveitar a água da lavagem de roupas e não usar mangueiras para lavar calçadas ou veículos são ações simples que têm impacto direto na redução do consumo. O combate ao desperdício passa pela conscientização de que a água é um recurso finito, e a colaboração de todos é essencial para evitar um cenário de escassez muito mais grave. É preciso que todos se conscientizem de que cada gota economizada hoje representa uma reserva a mais para enfrentar o amanhã.
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