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Polícia Civil anuncia reforço no número de agentes na região

Ao ‘Diário’, delegado do Demacro afirma que seccionais do Grande ABC receberão 62 escrivães e 40 investigadores a partir de terça-feira

Beatriz Mirelle
13/09/2024 | 07:38
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André Henriques


As delegacias seccionais do Grande ABC receberão 102 novos agentes policiais a partir de terça-feira (16), sendo 62 escrivães e 40 investigadores. A unidade de Santo André, que abrange também Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, terá o maior número de contratações (total de 42). Em seguida, estão a Seccional de São Bernardo, que inclui São Caetano, com a chegada de 38 profissionais, e a de Diadema, com 22 (veja na tabela ao lado). Em novembro, projeta-se que novos delegados virão para compor as equipes dos DPs (Distritos Policiais) da região. 

As informações foram reveladas pelo delegado Júlio Gustavo Vieira Guebert, chefe do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo), que esteve ontem na sede do Diário, acompanhado pelos delegados seccionais Francisco José Alves Cardoso, titular de Santo André, Kelly Cristina Sacchetto de Andrade, de São Bernardo, e Marcelo Francisco Augusto Dias, de Diadema. 

“Na semana que vem receberemos novos agentes. Pedi para todos os delegados seccionais reforçarem também as DDMs (Delegacias de Defesa da Mulher) para aprimorar o atendimento. São unidades que têm uma demanda muito grande. Na terça-feira, a região já recebe esses profissionais. Ao todo, o Demacro terá 491 contratados nas 38 cidades e nove delegacias competentes (333 escrivães e 158 investigadores). Esse número ajudará bastante nas investigações”, considera Guebert. 

De acordo com ele, a chegada de delegados demorará mais dois meses porque o concurso é mais longo. Como as provas são em nível estadual, não é possível adiantar quantos profissionais chegarão a cada delegacia seccional. 

“Agora, eles estão na Academia de Polícia para curso de formação. Outros concursos já estão chegando na fase oral. Desde o início, eu sabia os números de escrivães e investigadores que viriam para o Demacro porque foram concursos regionalizados. Então, o pessoal já estava concorrendo a vagas da unidade. Em relação aos delegados, não sei quantos serão direcionados pela Delegacia Geral. Apenas depois que tiver os números consigo definir quantos vão para cada região”, detalha o delegado-chefe. 

Para Guebert, a tecnologia permite que a atuação da Polícia Civil não fique tão refém do número de efetivo. “Cerca de 80% das nossas ocorrências são feitas pela internet. Com isso, é possível fazer boa parte da investigação internamente”, explica.

Além do aumento do efetivo, Kelly Sacchetto comenta que, recentemente, foi firmado convênio com a Faculdade de Direito de São Bernardo para encaminhar estagiários para auxiliar no atendimento e orientação de vítimas de violência doméstica das DDMs da seccional. 

Ela, Francisco Cardoso e Marcelo Dias também reforçam que as ferramentas de inteligência, como reconhecimento facial, identificação de impressões digitais e muralhas eletrônicas, têm agilizado o trabalho investigativo. “Os agentes conseguem ir para a rua com as coisas encaminhadas. Eles vão aos locais com mais assertividade sobre o que será encontrado”, pontua a delegada.

Para Dias, o uso de drone é crucial para otimizar o serviço e gerar bons resultados. “Com esse recurso, conseguimos ter uma ideia melhor de rotas de fuga, localizações dos crimes e desmanches”, pondera. 

“Os mecanismos de inteligência têm se aprimorado de forma contínua e isso exige que os policiais se capacitem de outras maneiras. Essa se tornou uma das prioridades”, complementa o titular de Santo André, Francisco Cardoso.

Delegado do Demacro destaca papel da imprensa

Durante a reunião realizada ontem na sede do Diário, o delegado Júlio Gustavo Vieira Guebert, chefe do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo), destacou o papel da imprensa para aumentar a sensação de segurança da população. 

“Os veículos midiáticos são primordiais, ainda mais quando mostram os índices de esclarecimento (de resolução de casos por parte da polícia)”, afirmou.

Recepcionado por Ronan Maria Pinto, acionista do jornal, e Evaldo Novelini, diretor de Redação, Guebert exaltou a imparcialidade e objetividade do Diário na cobertura dos casos policiais, em contraposição ao sensacionalismo de parte da imprensa. 

“Vemos programas televisivos que falam de crimes bárbaros. Isso gera medo. Os telespectadores se impressionam mesmo que seja um episódio que ocorreu em outro Estado porque a sensação de insegurança é algo que envolve questões psicológicas. Por isso, entendemos como é importante que a mídia frise também que os casos estão sendo solucionados. Nosso papel está sendo feito”, afirmou. “Em toda a área do Demacro, a incidência criminal tem caído. Ano passado tivemos bons resultados. Foram quase 75% de autoria estabelecida de casos de homicídio e 80% em latrocínio (roubo seguido de morte). A função da Polícia Civil é justamente a parte investigativa”, finalizou Guebert. 




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