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Rio Grande da Serra terá coleta seletiva de itens recicláveis

Serviço inédito começará nos bairros Santa Teresa e Vila Lopes, em outubro, estima Prefeitura; contrato é de 36 meses com a Recibras

Beatriz Mirelle
11/09/2024 | 19:34
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FOTO: Divulgação


Rio Grande da Serra vai implementar a primeira política pública de coleta seletiva de materiais recicláveis da cidade. A iniciativa da Prefeitura está prevista para começar em outubro, nos bairros Santa Teresa e Vila Lopes. A empresa Recibras (Cooperativa dos Recicladores do Brasil) será responsável pelo serviço – com valor de investimento do Paço estimado em R$ 20.800 mensais pelo prazo de 36 meses. 

“A cidade nunca teve coleta seletiva. O que existe atualmente é a gestão de resíduos domiciliares, mas não é selecionado. Tudo é colocado como resíduos domésticos e encaminhado para o aterro sanitário de Mauá. A Prefeitura fez um chamamento público para selecionar uma cooperativa e conseguir instituir esse serviço. Teremos um projeto piloto em dois grandes bairros da cidade”, explica Vinicius Amante, secretário municipal do Verde e Meio Ambiente. 

A Recibras foi a única companhia inscrita no chamamento e, como cumpriu os requisitos, foi selecionada. “O processo está bem adiantado. Já tivemos o edital, contratações. Ainda precisamos fazer alguns ajustes formais. Dependemos apenas da assinatura do termo de cooperação, mas, com certeza, começamos no próximo mês”, detalha.

De acordo com o secretário, os benefícios dessa implementação ultrapassam o setor ambiental. “Com a gestão de resíduos, inserimos menos poluentes na natureza. Os materiais são recolocados no comércio através dessa cooperativa, que vai escoar os itens que podem ser reutilizados como um novo produto. Eles não serão mais levados aos aterros sanitários, o que é outra vantagem”, afirma. “Hoje, todo material produzido na cidade é destinado para o aterro. O município paga por isso. Então, a partir desse momento, quando os recicláveis forem destinados para a cooperativa, não serão mais pesados no aterro e o valor que a Prefeitura vai ter que pagar será menor”, complementa Vinicius Amante. 

Também haverá ganhos no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) e criação de postos de trabalho. “A cooperativa precisa de funcionários para fazer triagem e coleta. A contratação será uma vantagem indireta do início desse serviço em Rio Grande da Serra. É um requisito legal que as cidades tenham coleta seletiva. Ao passo que essa política pública é implementada, uma fatia do recurso do ICMS aumentará. O Prefeitura começa a ter vantagens financeiras através de repasses de outros entes federativos.” 

Antes mesmo de o serviço começar, Vinicius Amante informa que serão feitos trabalhos de conscientização dos moradores. Além de informativos nas redes sociais, o secretário projeta a circulação de carros de som para divulgar o programa e ajudar no engajamento para que a população faça a separação dos materiais recicláveis e dos orgânicos. 

“Temos projetos de educação ambiental para serem institucionalizados em escolas e entidades organizacionais. Essas ações estão alinhadas com essa nova política pública. A Prefeitura já dispõe de um veículo apropriado para coleta seletiva, um caminhão gaiola próprio para isso. Também já fizemos concurso público para contratação de um motorista para cuidar especificamente desse setor e dos serventes de serviços gerais que farão a coleta porta a porta”, conclui.




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