A recente decisão majoritária da Câmara de São Caetano – com as honrosas exceções de Bruna Biondi (Psol), Edison Parra (Podemos) e Ubiratan Figueiredo (União Brasil) – de aprovar reajuste de 76,31% nos salários do primeiro escalão do Poder Executivo, a partir de janeiro de 2025, tem causado grande indignação entre os moradores da cidade. Este aumento, que representa um impacto anual de R$ 3,5 milhões nos cofres públicos, surge em momento em que é denunciada precarização nos serviços de saúde e educação. Em resposta, a população, em exercício legítimo de cidadania, iniciou abaixo-assinado contra a medida, mostrando claramente seu descontentamento com a decisão.
O prefeito José Auricchio Júnior (PSD), a quem caberá sancionar ou vetar o projeto de lei de autoria da mesa diretora do Poder Legislativo, mas apresentada de acordo com os interesses – para não dizer a pressão – do Executivo, deve considerar atentamente os argumentos e a voz daqueles que o elegeram. A população tem manifestado preocupação com a alocação de recursos públicos, especialmente em um período onde a prioridade deveria ser o fortalecimento dos serviços essenciais, como saúde, educação e segurança. Ignorar este clamor seria desconsiderar a realidade vivida por muitos cidadãos e enfraqueceria o vínculo de confiança entre a administração pública e a sociedade.
Chegou, portanto, o momento em que se tornou imperativo que o prefeito reavalie a decisão da Câmara e vete o pornográfico reajuste salarial proposto pelos seus funcionários travestidos de vereadores. Ouvir a população não é apenas ato de respeito, mas também de responsabilidade com a gestão pública e o futuro da cidade. O compromisso de um governante deve ser sempre com o bem-estar coletivo, e atender à demanda popular neste momento crítico seria passo fundamental para garantir a sustentabilidade financeira e a harmonia social em São Caetano. Por isso, este Diário se soma aos mais de 1.000 moradores que já aderiram ao abaixo-assinado e defende: veta, Auricchio!
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.